O primeiro mar é duma
água
já muito conhecida,
uma
enxurrada
de sementes líquidas
armazenadas com as mãos
ávidas,
vitais a quem queira
permanecer uma
nuvem discreta,
apesar de tudo
o que existe continuar
a suceder.
O mar é,
ao mesmo tempo,
um íntimo e contínuo
firmamento.
A
poesia é,
como o mar,
uma carne líquida
que nos veste interiormente
e sempre da mesma forma,
libertando louca,húmidamente,
tudo o que é sólido no
corpo
e entristece.
Só a
poesia
é a gota de
água
que permite fugir a tudo,
transfigurada em
mil estátuas amadas,
que olhamos sempre
espantados.
Só a
poesia
nos leva verdadeiramente
até o que é
a genuína alma do
mar,
até que sobrevenha o
silêncio
completo.
uma
enxurrada
de sementes líquidas
armazenadas com as mãos
ávidas,
vitais a quem queira
permanecer uma
nuvem discreta,
apesar de tudo
o que existe continuar
a suceder.
O mar é,
ao mesmo tempo,
um íntimo e contínuo
firmamento.
A
poesia é,
como o mar,
uma carne líquida
que nos veste interiormente
e sempre da mesma forma,
libertando louca,húmidamente,
tudo o que é sólido no
corpo
e entristece.
Só a
poesia
é a gota de
água
que permite fugir a tudo,
transfigurada em
mil estátuas amadas,
que olhamos sempre
espantados.
Só a
poesia
nos leva verdadeiramente
até o que é
a genuína alma do
mar,
até que sobrevenha o
silêncio
completo.
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