Como que o poema
não precisa
de mais nada à volta,
por fora da pele,
a que tudo seja
de mel
e feito de esperança,
sempre mansa.
que se não deixares
todo o corpo
morrer pelo poema
seres.
miguel martins
miguel martins
Em cada vez
só uma pequena dádiva,
uma pequena gota caindo,
mas olhando ao redor
para tudo o que existe
é um instante constante
da mais desmesurada
sapiência.
E assim,
De cada vez
é uma pequena alegria
sem fim,
quase a Porta
de todo o Segredo.
De cada vez que surge
é um templo camuflado
de quase coisa nenhuma.
Mas quando se trata
de atingir Urano,
Saturno,
Neptuno,
Plutão…
devemos lembrar que esse
é
apenas
o primeiro e pequeno
degrau,