segunda-feira, 2 de junho de 2008

PEQUENAS POEMITOS

(pequenos poemitas)

um

Quantos poemas fiz
de cigarro ao canto
da boca;

agora não há cigarro,
mas há poema e cada vez
maior,

a voar.

dois

Até porque tem sido
pouco o tempo contemplado
à divagação


três


Tenho andado amarelo
sem cigarro nem poluição
e pulmões, quem os tem
sabe-o!

Quando não digo-vos:

quatro


Porque hão-de os poemas
ser grandes?

Não o são os anões
e os ditirambos.

Também os poemas podem
não ser.

Ou ser não.

Ponto e vírgula,
apesar de supostamente ponto
final.



miguel martins

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