um
Quantos poemas fiz
de cigarro ao canto
da boca;
agora não há cigarro,
mas há poema e cada vez
maior,
a voar.
dois
Até porque tem sido
pouco o tempo contemplado
à divagação
três
Tenho andado amarelo
sem cigarro nem poluição
e pulmões, quem os tem
sabe-o!
Quando não digo-vos:
quatro
Porque hão-de os poemas
ser grandes?
Não o são os anões
e os ditirambos.
Também os poemas podem
não ser.
Ou ser não.
Ponto e vírgula,
apesar de supostamente ponto
final.
miguel martins
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