quinta-feira, 8 de maio de 2008

IRMANDADE



Quero beber a
água
de outros
poetas

e a
sede
de transparência
que ela alimenta.

Quero aprender a girar
com os seus lentos

movimentos

e a cair
com a leveza
com que se
conseguem abater
por sobre as
folhas.

Quero beber
a sua
poesia toda
e saber o porquê
de tanta
alquimia,

tanto excesso
do que é sereno
e é tanta
maravilha.

Sei que tudo provém
de uma
luz
e que todos poderiam,

se muito para dentro olhassem,
chegar a esse
sorriso rasgado,

ao mesmo tempo

uma lâmina
bendita.


miguel martins






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