sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

POEMA NUM GESTO LARGO

Poeta do corpo.

Poeta do verbo
para quem tudo o que à volta
do corpo anda
é muito mas não importa.

Poeta desde este globo
onde parece que anda
até ao fim do Universo,
onde já nada conta.

Acordado está
como se estivesse dormindo
e tudo o que vê
é sonho, é louco
e é lindo.

Borda o destino
com uma consciência de
linho branco.

Chamam-lhe repentino,
desatino,
em gestos doidos.

Mas não se importa,
que tudo isso é contrário
ao seu vagar.

Ah! Poeta!
Não te rales.

Deixa-te em doideiras
continuar sempre a divagar.

2 comentários:

João Lucas disse...

Oh que fixe. Agora vais poder testar os poemas antes de editar. Boa. Um beijo

JUVENAL disse...

Fiquei impressionado com o texto de abertura. Espero que a tua veia poética não se traduza apenas em prosa e que em breve possamos ver publicada em livro a demonstração ao mundo do teu enorme talento.
Bem hajas...