terça-feira, 15 de abril de 2008

GAIOLA LIVRE



Como que o poema

não precisa

de mais nada à volta,

por fora da pele,


mas obriga
a que tudo seja

de mel

e feito de esperança,

numa trovoada
sempre mansa.

Sei que sabes

- e isso também espanta –

que se não deixares

todo o corpo

morrer pelo poema

já nem vale a pena
seres.

miguel martins

Sem comentários: